Cozinhas Integradas - disposição e iluminação

As cozinhas têm vindo a mudar ao longo dos tempos.  As pequenas dimensões dos apartamentos ou vivendas de hoje em dia, juntamente com as novas necessidades da vida moderna, levaram à introdução de novos designs de cozinhas, em especial aquelas utilizadas também para as refeições ou as que são integradas com a sala.  

 
O conceito principal destas cozinhas modernas é o dos 4 “Rs”, Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Reaproveitar.  Obtem-se assim  como resultado final um projecto viável, com economia de espaço, recursos energéticos e hidráulicos e com materiais de impacto mínimo ao meio ambiente.  As principais características que marcam este tipo de cozinhas, são:

• Linhas horizontais
• Cores de preferência claras: porque reflectem mais a luz, logo permitem maior aproveitamento da iluminação diária.
• Uso do vidro:  em revestimentos de parede, usam-se pastilhas de vidro, tal como na bancadas - material 100% reciclável.
• Posição do electrodomésticos:  fogão afastado do frigorífico e da arca congeladora, visto que desta forma gastam menos energia por estarem afastados de fontes de calor.

Iluminação - Este é um aspecto muito importante a ter com conta neste tipo de cozinhas, porque como é lógico, a junção destes dois espaços, cozinha e zona de refeições num só ambiente, implica uma redefinição e planeamento de um esquema de iluminação diferente.

Este sistema de iluminação, consiste em combinar uma luz geral com outras mais pontuais.  O objectivo principal da luz geral é permitir-nos ver toda a divisão, incluindo os armários, balcões, estantes, prateleiras...na perfeição. Esta será por tanto uma luz que deverá ser clara e estar colocada de maneira a evitar sombras.

Para conseguir uma correcta iluminação geral, pode-se colocar a luz na zona central da divisão. Para isso, uma boa escolha e também a mais económica, poderá ser  a de lâmpadas fluorescentes no tecto.  Outra opção, mas mais dispendiosa, são os focos de halogénio (considerando 1 foco de 50W por cada metro quadrado).  Há ainda as novas downlights, que são uns focos potentes de baixo consumo (considerando 1 foco por cada 3 metros quadrados). No caso de se colocarem luzes descentradas, deve haver algum cuidado para as fixar de forma a que não provoquem sombras desagradáveis em determinadas áreas.

As luzes pontuais

Para trabalhar cómodamente na cozinha devemos iluminar correctamente cada uma das zonas.  Desta forma, e após termos definido a iluminação geral, será importante tentar destacar dos cantos que permanecem mais escuros, aqueles em que teremos de realizar  algumas tarefas.

A  zona por cima dos balcões  requer uma iluminação sem sombras, por isso uma luz incandescente de 40w - 60W deverá ser suficiente.  Também podem ser uns focos pequenos, tubos fluorescentes de luz branca, ou pequenos focos de halogénio fixos nos armários superiores. Qualquer uma destas soluções, mudará por completo todo o aspecto da zona entre os armários de cima e os de baixo, proporcionando a iluminação necessária a toda a zona de trabalho.
Caso se opte por luzes que se fixam no interior dos armários superiores ou por  luzes por baixo dos armários no fundo exterior, elas podem ser de halogénio ou leds.  Neste último caso, a colocação destas vai implicar um maior gasto de electricidade, mas também maior comodidade.

Se, pelo contrário, a cozinha não dispõe de armários superiores, pode sempre colocar-se uns pequenos focos ou apliques dirigíveis na parede e que apontem para a zona desejada.

Para cozinhas que têm uma ilha central, deve ter-se em conta que esta ilha tem de estar perfeitamente iluminada para ser possível realizar tarefas como cozinhar ou comer com toda a comodidade. Se bem que ela se possa situar o mais perto possível de uma fonte de luz, o ideal é que exista uma luz pontual no tecto. Podem colocar-se lâmpadas normais no tecto ou também luzes reguláveis.  

Além de proporcionarmos a luz necessária a esta zona da cozinha, é importante conseguir a proporção e harmonia entre o tamanho da mesa, abarcando todo o seu comprimento.  Por isso, dependendo do tamanho da cozinha integrada ou da ilha, podem colocar-se duas luzes gémeas para conseguir mais luz e um design mais simétrico.
Para estas luzes, pode ser boa ideia utilizar as incandescentes, que nos permitem uma luz um pouco mais quente.  Com um quebra-luz de vidro, cristal ou aço, que são materiais resistentes e fáceis de limpar, devem ser colocadas a 70cm - 80cm de altura acima da mesa para que não ofusquem as pessoas.
Outra solução é iluminar esta zona com apliques reguláveis ou focos de halogénio, se bem que estes não devam ter mais de 60W, senão será luz a mais. 

Seja qual for o método escolhido, o objectivo principal será, claro está, conseguir uma iluminação perfeita da cozinha integrada, com uma luz perfeita e acolhedora que permita o movimento e a realização das tarefas com a maior visibilidade possível.