Desde pequenita que tenho o hábito de andar pela praia, à beira mar, à procura de pequenos tesouros. Vou apanhando um pouco de tudo, desde conchas, búzios, estrelas do mar... não só nas férias, mas também durante todo o ano, já que vivo perto do grande Atlântico.
Mais recentemente comecei também a coleccionar aqueles pequenos pedaços de vidro coloridos que aparecem na areia trazidos pelo mar. Claro que não são tesouros do mar, pelo contrário... são um rasto de poluição feita pelo ser humano mas... de tão gastos e polidos pelo batido das ondas, fazem mesmo lembrar pedaços de jade ou de outras pedras preciosas. Durante algum tempo ainda convenci os meus filhotes de que eram jóias que o mar nos oferecia e eles, muito alegremente, entretinham-se a apanhar alguns punhados que depois me davam com muito cuidado. Claro que depois crescem e é como a história do Pai Natal ou da Fada dos Dentes... mas entretanto passámos e continuamos a passar grandes momentos apanhando os vidrinhos ao longo da praia, analizando as suas cores e formas, inventanto nomes... olha uma safira, olha uma esmeralda... este parece mais uma ametista... e assim nos deixamos levar, imaginado mundos subaquáticos onde esses tesouros são libertados para a superfície. E para mais... limpamos a praia, claro!
Serve esta história apenas para dizer que até desse lixo é possível fazer coisas engraçadas. Há aqueles jarrões ou jarras de vidro transparentes, muito fáceis de encontrar em qualquer loja, onde podemos colocar estas coloridas "jóias do mar" e depois usá-los em qualquer cantinho onde seja necessário adicionar um toque de cor mais irreverente. Pessoalmente gosto de os colocar onde recebam luz de uma janela, pois ficam lindos a reflectir a luz em todas as direcções e nas mais variadas tonalidades. Para além de servirem apenas como objecto decorativo, também podem servir, por exemplo, para sustentar livros numa estante.
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